Em sua palestra “A Dominus Iesus na vida da Igreja de hoje”, o cardeal espanhol qualificou a declaração da Santa Sé como um “documento profético”, pois ressalta que Jesus é o único redentor. Dom Antonio Cañizares criticou ideologias relativistas que indicam que a revelação de Jesus Cristo deva ser complementada com as doutrinas de outras religiões: “isto seria contrário à fé católica” – assegurou.
A primeira parte do livro “Jesus de Nazaré” foi publicada em 2007. Na obra, o Papa analisa passagens bíblicas como o batismo de Jesus, o evangelho do Reino de Deus, o Sermão da Montanha, o Pai Nosso, os discípulos, as parábolas e as grandes imagens do Evangelho de São João. Há também referências à confissão de Pedro e à transfiguração; e aos nomes com os quais Jesus se refere a si mesmo.
A expectativa é que a segunda parte seja publicada até o fim de 2010.
(CM)
Fonte: Rádio Vaticano
ROMA, quinta-feira, 11 de março de 2010 (ZENIT.org).- A segunda parte do livro “Jesus de Nazaré”, de Bento XVI, cuja publicação está prevista para este ano, será “a aplicação plena da declaração ‘Dominus Iesus”, segundo revelou hoje o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares Llovera.
O purpurado espanhol interveio no congresso de estudo sobre a declaração ‘Dominus Iesus’, organizada pelo Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, de Roma.
A ‘Dominus Iesus, que fala sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja, foi publicada há 10 anos pela Congregação para a Doutrina da Fé, cujo prefeito era o então cardeal Joseph Ratzinger.
O cardeal Cañizares, em sua conferência “A Dominus Iesus na vida da Igreja de hoje”, qualificou a declaração da Santa Sé como um “documento profético”.
Tal documento ressalta como Jesus é o único redentor e considera “contrário à fé católica” assegurar que a revelação de Jesus Cristo deva ser complementada com as doutrinas de outras religiões, como indicam algumas ideologias relativistas.
O purpurado indicou que a pergunta central, que está por trás desta declaração, é a que o próprio Jesus Cristo fez aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Lc 9, 18); e assegurou que Jesus Cristo não é “o que os homens dizem, pois isso dá margem a muitas interpretações e diversas opiniões”.
Cañizares Llovera indicou como o relativismo muitas vezes ofusca o verdadeiro rosto de Jesus Cristo e penetra em “novas teologias de amplíssima difusão”.
“Em muitos lugares, não existe a preocupação direta por este anúncio de Cristo”, advertiu o purpurado, reconhecendo que isso “é o reflexo de uma situação não só cultural, mas da própria Igreja que precisa de uma fé renovada em Jesus Cristo”.
A Dominus Iesus assegura que a Igreja considera as religiões do mundo com profundo respeito, mas esclarece que nem por isso se deve proclamar que todas são iguais.
Também indica, como igualmente faz a primeira parte de “Jesus de Nazaré”, que é contrário à fé cristã introduzir qualquer separação entre o Verbo feito carne e o Jesus histórico.
A primeira parte do livro “Jesus de Nazaré” foi publicada em 2007. Nela, Bento XVI analisa algumas passagens bíblicas, como o batismo de Jesus, o evangelho do Reino de Deus, o Sermão da Montanha, o Pai Nosso, os discípulos, as parábolas e as grandes imagens do Evangelho de São João. Também se refere à confissão de Pedro e à transfiguração; e, por último, dedica-se aos nomes com os quais Jesus se refere a si mesmo.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, porta-voz da Santa Sé, disse, em setembro de 2009, que a publicação da segunda parte do livro de Bento XVI está prevista para a próxima primavera boreal. Nela, o Papa narrará os anos vitais de Cristo, incluídas sua Paixão e Morte.
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