Nenhum cardeal caiu mais em conceito que o atual arcebispo da Áustria, Dom Schonborn. O purpurado chegou a figurar nas listas de "conservadores" dos vaticanistas para o último conclave que, graças a Deus, não o elegeu.
O cardeal, antigo aluno de Bento XVI quando este ainda era um teólogo docente na Alemanha, Dom Schonborn tem se mostrado um verdadeiro desastre em praticamente tudo o que, recentemente, se vê em Viena.
Quem não se lembra da missa jovem com os infames balões coloridos? Quando questionado sobre a "irreverência" a assessoria do cardeal foi pronta ao negar que aquele momento tão claro na fotografia tenha, de fato, acontecido numa missa.
E o caso do "quase-Dom" Wagner? A atitude do primaz da Áustria em convocar todos os bispos do país numa reunião onde, pasmem, foi articulada a resistência e a rebeldia contra Bento XVI pela escolha de um padre conservador para a bizarra diocese de Linz.
A recente visita do desastroso cardeal ao "santuário" de Medjugorje a revelia da vontade do bispo local e que, para desespero do mesmo bispo, deu um imprimatur cardinalício a um problema que parece não ter solução. Quem não se lembra disso?
E agora o cardeal vai, mais uma vez, na contra-mão da Igreja, prejudicando, mais uma vez, o Papa Bento XVI.
Apontando o celibato como causa dos abusos de crianças, o cardeal só causa mais problemas. Quem não recolhe, espalha! E foi precisamente isso que o arcebispo fez, espalhando a frágil unidade da Igreja européia que Bento XVI tenta costurar num único corpo. Mais uma vez a assessoria de imprensa do cardeal foi rápida em declarar que nunca foi intenção do cardeal afirmar o que afirmou.
Parece uma estratégia inteligente, essa dança que o cardeal faz com suas declarações, mas isso ainda vai acabar queimando o purpurado. Dom Schonborn ainda goza do afeto de Bento XVI, mas acredito que o Papa alemão não pensará duas vezes em cortar a cabeça do cardeal - no sentido figurado, é claro - enterrando-o em algum conselho de segundo escalão no Vaticano se isso representar alguma paz para a Igreja.
Fonte: Igreja Una
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