As recentes manchetes dos jornais do mundo estão focadas nos casos de pedofilia envolvendo uma parcela (ínfima) do clero católico. A imprensa, numa nova investida, tenta envolver a figura do Santo Padre, direta ou indiretamente, em alguns desses casos.
Surpreende, contudo, que num momento onde o Papa Bento XVI convoca a Igreja a um processo de reconciliação e, principalmente, unidade para curar as feridas causadas por alguns péssimos sacerdotes, que muitos bispos do mundo façam ouvidos surdos a esse clamor.
A Igreja, perseguida e ferida pelas injúrias gravadas a fogo, não parece amolecer o coração de alguns episcopos que permanecem em silêncio.
Fazendo uma visita aos sites arquidiocesanos brasileiros – não todos, somente os sites das principais arquidioceses – lemos absolutamente nada sobre os fatos recentes.
Bem diferente da postura de bispos como Dom Timothy Dolan, arcebispo de Nova York e Dom Vincent Nichols, arcebispo de Westminster, que foram aos microfones prestar solidariedade filial ao Papa. Ponto para eles.
Acusam-me de ser muito “americanizado”, mas não há como não reconhecer os fatos. A Igreja brasileira vive num mundo separado, alienado do restante do Corpo Místico de Cristo, que hoje sofre.
Nos jornais brasileiros não houve um único bispo que se prestou a defender SS Bento XVI e esclarecer os casos apresentados na Irlanda, Alemanha e demais países. Não esclarecem, talvez, porque estão satisfeitos com o desgaste público que o Papa vem sofrendo. Creio, contudo, que essa satisfação pelo sofrimento de um Papa conservador seja compartilhada por uma minoria do episcopado.
Enquanto a Igreja sofre, os meios de comunicação de massa se esbaldam em notícias distorcidas, os bispos silenciam. A cabeça sobrenatural da Igreja lhes cobrará o silêncio.
Fonte: Igreja Una
The Passion of Benedict XVI
This week past, it was evident that yet another wave and renewed attempt to drag the Holy Father into the mire that is sexual abuse scandal was beginning to mount, and accordingly I had thought about writing a reflection on this in the light of Holy Week. In the end, I determined that likely more than enough commentary could be found on any number of sites and perhaps there was something to be said for some calm and "business as usual" as a form of respite.
While I still generally subscribe to this thought and do not intend to dwell on this subject beyond this brief reflection, yesterday, as we showed some images from the Papal Mass of Palm Sunday, the matter arose in the comments in the light of some public protests which followed from the frenzy which many in the media seem only too intent on stirring up; the dismay was tangible. Accordingly, I thought I perhaps should present my brief meditation as I originally intended after all.
Evidently, the scandals themselves are matters which need to be dealt with; they are indeed filth in need of cleansing -- and this should be clearly stated and understood.
As for our Holy Father, when all this began in his regard, my mind turned a particular passage of Sacred Scripture; namely, Zechariah 13:7. In that passage we read:
Awake, O sword, against my shepherd, against the man who stands next to me," says the LORD of hosts. "Strike the shepherd, that the sheep may be scattered.."
While this prophetically refers to the events surrounding the life and person of Our Lord Jesus Christ, I believe we might find an analogous application in relation to the Vicar of Christ in this present situation -- one that perhaps gives us a broader spiritual context in which to understand and make sense of these goings on; one which emphasizes the fact of the real spiritual warfare which we face. In that light, and in the light of these events in the life of Christ Himself, perhaps seeing His Vicar so similarly struck should come as little surprise.
Further, in the Mass of Palm Sunday, we read the Passion narrative and in the coming week we will again recount this, and be brought into a further meditation on the events of the Passion and Death of Our Lord.
We hear of how one of Christ's own apostles betrayed Him and how others, through their fear, temporarily fell by the wayside. This brings to mind how, even in Christ's own time and within the body of His own apostles, the frailties and sinfulness of a fallen humanity have been present and have been a source of pain and affliction. This reality is good to recollect as we struggle to understand how such scandals can so painfully inflict Christ's Church in our own time.
We will also hear recounted how Christ was persecuted; how he was insulted, abused, mocked and suffered great trials.
Let us here recall how, in the history of the Church, it has often been found to be the case that the disciples must follow in the footsteps of their Divine Master -- and such is never found to be in vain or without some greater purpose. Is not Pope Benedict himself presently bearing the cross of similar abuses and attacks?
Finally, let us recall that Benedict XVI himself has not been naive to these realities. Let us bring to mind these words which he spoke during the homily of the Mass of his papal inauguration, April 24th, 2005:
One of the basic characteristics of a shepherd must be to love the people entrusted to him, even as he loves Christ whom he serves. “Feed my sheep”, says Christ to Peter, and now, at this moment, he says it to me as well. Feeding means loving, and loving also means being ready to suffer. Loving means giving the sheep what is truly good, the nourishment of God’s truth, of God’s word, the nourishment of his presence, which he gives us in the Blessed Sacrament. My dear friends – at this moment I can only say: pray for me, that I may learn to love the Lord more and more. Pray for me, that I may learn to love his flock more and more – in other words, you, the holy Church, each one of you and all of you together. Pray for me, that I may not flee for fear of the wolves. Let us pray for one another, that the Lord will carry us and that we will learn to carry one another.
Let us then carry the Holy Father by our prayers now as he bears this cross; as he bears with the abuses and buffets which Christ Himself bore to an even greater degree. Let us pray for him, support him and publicly defend him, as he, our earthly shepherd, is indeed struck by the sword and surrounded by wolves. Let us not be scattered but instead rouse ourselves, taking heart and taking courage, remembering that the ploys and attacks of Satan are ultimately in vain for ultimately, in Christ, the battle is already won and He reigns victorious.
Long Life to Pope Benedict XVI
CHRISTUS VINCIT + CHRISTUS REGNAT + CHRISTUS IMPERAT
Quando cardeal, Bento XVI quis investigar um cardeal abusador
O Cardeal Joseph Ratzinger tentou persuadir o Papa João Paulo II a montar uma investigação completa sobre um cardeal que abusou de meninos e jovens monges, revelou ontem uma das figuras mais graduadas da Igreja. Mas os oponentes de Ratzinger no Vaticano conseguiram bloquear a investigação. Como o futuro Bento XVI se expressou na ocasião: “o outro lado ganhou.”
O pervertido cardeal era Hans Hermann Groer, aposentado em 1995 como Arcebispo de Viena, depois das alegações de abusos sexuais. A fonte da história é o sucessor de Groer em Viena, Cardeal Christoph Schoenborn, um intelectual que alguns comentaristas têm etiquetado como um possível futuro Papa.
Uma revelação e tanto, no meu livro – mas ela não se ajusta ao script que os meios de comunicação anti-Bento XVI escreveram, portanto não ouvimos demasiado sobre isto. E mais, suspeito que os antigos conselheiros de João Paulo II preferem não lembrar que aquele Papa não fez o suficiente para restringir os abusos sexuais e seus encobridores. Mais seguro culpar Bento, não?
Eis uma citação de uma reportagem de Philip Pullella da Reuters:
O Cardeal Christoph Schoenborn de Viena disse domingo à televisão austríaca ORF, em defesa do Papa, que Bento XVI quis uma investigação cabal quando o antigo Arcebispo de Viena, Hans Hermann Groer, foi deposto em 1995 pela acusação de abuso sexual de um menino. Mas outros funcionários da Cúria persuadiram o então Papa João Paulo II de que os meios de comunicação haviam exagerado o caso e uma investigação só criaria mais publicidade negativa.
“[Ratzinger] disse-me, ‘o outro lado ganhou’,” revelou Schoenborn.
O outro lado. Suspeito que ele se referia à antiga panelinha vaticana à qual o Cardeal Ratzinger jamais se associou, e que não queria que casos de abusos sexuais “manchassem o bom nome da Igreja” (isto é, atrapalhassem seus jantares de “tapinhas nas costas” em suas trattorie favoritas).
E a ironia é que os jornalistas que escreveram artigos preguiçosos e cheios de ódio contra Bento XVI – como este exemplar terrível de India Knight, alguém a quem eu anteriormente admirava – estejam inconscientemente dando proteção às figuras realmente responsáveis tanto no Vaticano quanto nas conferências episcopais.
Groer, culpado até o pescoço, morreu em 2003. Eis uma reportagem da BBC de 1998:
A agência de notícias da Igreja Católica Romana na Áustria diz que o antigo Arcebispo da Viena, Cardeal Hans Hermann Groer, deve partir para o exílio, por causa de acusações de conduta sexual imprópria contra ele.
À reportagem segue uma declaração da Igreja de Viena na qual o Cardeal Groer, 78 anos, pede perdão, mas não admite a culpa.
“Nos últimos três anos, houve muito frequentemente afirmações incorretas a meu respeito. Peço perdão a Deus e às pessoas se eu tiver atraído culpa sobre mim,” diz ele na declaração.
O Cardeal Groer Cardeal aposentou-se como chefe da Igreja Católica Romana na Áustria em 1995, depois da acusação de que tinha abusado sexualmente de um aluno 20 anos antes. Depois da sua renúncia, surgiram novas alegações de que ele molestou sexualmente monges.
As acusações foram ignoradas pela hierarquia da Igreja até há dois meses quando teve início uma investigação papal. A investigação foi ordenada pelo Papa depois da apelação de líderes da igreja para que se resolvesse a situação e restaurasse a credibilidade da Igreja na Áustria.
A declaração é uma resposta ao pedido do Papa para que o Cardeal Groer se desincumba de suas obrigações e está sendo considerada como um sinal de que a investigação encontrou provas contra ele.
O correspondente da BBB em Viena diz que muitos católicos na Áustria estão amargamente divididos por causa da questão e alguns acusaram a Igreja de encobrimento.
A chancelaria do arcebispado de Viena disse que nenhuma nova medida é esperada de Roma. O correspondente diz que isto provavelmente decepcionará ainda mais os muitos católicos que pensam que Hermann Groer não deve mais ser cardeal.
Nenhuma nova medida de Roma. Por quê? Provavelmente porque, segundo o Cardeal Schoenborn – que tem algumas visões esdrúxulas, mas certamente não é mentiroso – o futuro Bento XVI tinha perdido a sua batalha para montar uma investigação adequada contra um Cardeal abusador sexual, em vez de uma reservada e inconclusiva que aparentemente se realizou. Não é de admirar que ele tenha exigido plena autoridade para investigar esses casos e tenha assumido maior responsabilidade sobre eles em 2001.
Ele está enfrentando uma situação terrível, não há dúvida sobre isto; e não há dúvida também ele tenha cometido erros: o fato de que ele tenha sido muito mais vigilante do que outros cardeais não significa que ele foi o bastante.
Mas a história mostrará que foi Bento XVI, não João Paulo II, que iniciou "a purificação" da Igreja para retirar a sua "sujeira" – para usar suas palavras, e as proferiu muito antes que esta crise atual surgisse.
Fonte: Damian Thompson’s blog
Visto em: OBLATVS
PORTAE INFERI NON PRAEVALEBUNT
R. Dóminus conservet eum, et vivíficet eum, et beatum faciat eum in terra, et non tradat eum in ánima inimicorum eius.
http://www.soutienabenoitxvi.com/index.php?lang=sp
Nenhum comentário:
Postar um comentário