Original: Catholic Culture
Tradução livre – nossa!
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O cardeal Francis Arinze, que serviu como Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos de 2002 a 2008, alertou os bispos asiáticos, numa homilia de 16 de agosto, contra idiossincrasias litúrgicas e falsas concepções de inculturação. O cardeal Arinze também lançou uma advertência contra a dança litúrgica.
Pregando em Manila na missa de encerramento da assembléia plenária da Federação dos Bispos Asiáticos, como enviado pessoal do Papa Bento XVI, o cardeal Arinze encorajou os bispos a estimular a adoração eucarística e a reverência.
A adoração se manifesta em gestos como genuflexão, inclinação, ajoelhar-se, prostrar-se e pelo silêncio na presença do Senhor. As culturas asiáticas têm um grande senso do sagrado e do transcendente. Reverência para as autoridades civis da Ásia se mostra no cruzar das mãos, no inclinar do corpo e no andar enquanto se encara um dignitário. Não deve ser difícil trazer e elevar este valor cultural para honrar Jesus Eucarístico. A moda em algumas partes do mundo de não instalar genuflexórios nas igrejas não deve ser copiada pela Igreja na Ásia.
Após elogiar o senso de sagrado presente nas culturas asiáticas, o cardeal Arinze alertou contra falsas concepções de inculturação e urgiu à observância das normas litúrgicas.
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A forma como a Sagrada comunhão é distribuída deve ser claramente indicada e idiossincrasias individuais não devem ser permitidas. No rito latino, apenas os padres concelebrantes tomam a Sagrada Comunhão. A todos os outros ela é dada, não importa se são leigos ou clérigos. Não é correto que o padre descarte qualquer vestimenta porque o clima é quente ou úmido. Se necessário, o bispo pode arranjar o uso de uma roupa mais leve. Contudo, é inaceitável que o celebrante opte por vestes locais no lugar das vestimentas universalmente aprovadas para a missa, ou use cestas, ou cálices de vidro para distribuir a Sagrada Comunhão. Esta é uma inculturação compreendida de forma errada.
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O cardeal Arinze exortou aos bispos do continente a seguirem as normas da Igreja para a inculturação litúrgica, para que “a Igreja local seja poupada de inovações questionáveis e idiossincrasias de alguns clérigos entusiastas, cuja imaginação fértil cria algo no sábado à noite para ser imposta a congregação no domingo pela manhã”.
“A dança em particular precisa ser criticamente examinada porque muitas danças levam a atenção ao dançarino e são entretenimento”, ele continua. “As pessoas vão à missa não para se divertirem, mas para adorar a Deus, louvá-Lo e agradecê-Lo, pedir perdão pelos seus pecados e pedir graças espirituais e materiais. Os mosteiros podem ajudar a mostrar como movimentos corporais podem se tornar oração”.
Fonte: Igreja Una
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