A Eucaristia não é um “rito de comunhão, de socialização”. Declarou hoje o Papa, para alertar contra o “perigo de redimensionar o mistério eucarístico”, durante a catequese da audiência geral, dedicada à figura de Ruperto de Deutz, “escritor fecundo, ativo em várias e importantes discussões teológicas da época”. Ruperto, por exemplo, “interveio com determinação na controvérsia eucarística”, que em 1077 havia conduzido à condenação de Berengario de Tours, culpado por ter dado “uma interpretação redutiva da presença de Cristo no sacramento da Eucaristia, definindo-a apenas simbólica”. Embora “na linguagem da Igreja não havia surgido ainda o termo transubstanciação”, precisou Bento XVI, Ruperto,”se tornou um determinado defensor do realismo eucarístico”. Uma advertência, esta, válida também no “nosso tempo” – acrescentou o Papa improvisando, de própria memória – em que “muito facilmente nos esquecemos que na Eucaristia está presente Cristo ressuscitado com o seu corpo, para nos retirar de nós mesmos, incorporar-nos em seu corpo imortal e guiar-nos, assim, à vida nova”. “É realmente um grande dom a presença real de Cristo no sacramento da Eucaristia: é um mistério a ser adorado e amado!”, exclamou o Papa, citando o Catecismo da Igreja Católica, no qual se afirma que “sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho” está presente “Cristo todo inteiro: Deus e homem”.
© Copyright Sir – Fonte: Papa Ratzinger blog
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