A partir de hoje até o dia 23 de dezembro, a Igreja reza as antífonas do Advento, também conhecidas como Antífonas do Ó. Seja no canto solene ou na recitação, estas antífonas precedem e acompanham o Magnificat no Ofício de Vésperas.
Segundo o Pe. William Saunders:
“A origem exata das ‘Antífonas do O’ não é conhecida. Boécio (480-524) faz uma leve referência a elas, sugerindo assim sua presença já naquele tempo. Na abadia beneditina de Fleury (atual Saint-Benoit-sur-Loire), estas antífonas eram recitadas pelo abade e outros líderes da abadia segundo uma ordem de precedência decrescente e se dava, então, um presente para cada membro da comunidade. Por volta do oitavo século, elas já são usadas nas celebrações litúrgicas em Roma. O uso das ‘Antífonas do O’ era tão corrente nos mosteiros que as frases, ‘Mantenha seu O’ e ‘As grandes Antífonas do Ó’, eram de linguagem comum. Pode-se, portanto, concluir que de algum modo as ‘Antífonas do Ó’ fazem parte de nossa tradição litúrgica desde a Igreja primitiva.
A importância das ‘Antífonas do Ó’ é dupla. Cada uma delas destaca um título do Messias: O Sapientia (Ó Sabedoria), O Adonai (Ó Adonai), O Radix Jesse (Ó Raiz de Jessé), O Clavis David (Ó Chave de Davi), O Oriens (Ó Sol nascente), O Rex Gentium (Ó Rei das Nações) e O Emmanuel (Ó Emanuel). E ainda, cada uma se refere à profecia de Isaías sobre a vinda do Messias.
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